O desfecho da luta contra Travis Browne, no TUF 17 Finale, realizado no ultimo sábado, dia 13, em Las Vegas, Estado Unidos, não foi do jeito que Gabriel “Napão” Gonzaga esperava. O brasileiro perdeu de forma polêmica para o adversário, que desferiu cotoveladas em sua nuca – o que é ilegal segundo as regras unificadas do MMA – e foi nocauteado no primeiro round.
O combate terminou, mas o resultado duvidoso ainda rende assunto. O peso-pesado pouco se recorda do momento em que recebeu os golpes na região proibida, que decretaram o resultado da luta.
“Fui nocauteado e não me lembro de muita coisa. Quando eu coloquei o Browne na grade, ele deu algumas cotoveladas na minha nuca e o juiz falou com ele. Logo depois, eu coloquei a cabeça para o outro lado, mas quando virei novamente, ele recomeçou com as cotoveladas”.
Sem entrar em polêmica, o carioca, que mora nos Estados Unidos, afirma que a arbitragem está suscetível a erros e aprova uma possível revanche.
“Seria interessante uma revanche, mas não quero parecer aqueles perdedores querendo a luta novamente. As imagens mostram o que aconteceu e, se for constatado que as cotoveladas foram ilegais, eu gostaria de enfrentá-lo de novo. Equívocos acontecem em todos os esportes. Os juízes estão sujeitos a erros também. Eu não me incomodo com a derrota, o que me incomoda é a dúvida a respeito da legalidade dos golpes que eu recebi”.
Treinador de Napão e líder da Team Link, academia onde treina o lutador, Marco Alvan prepara um material para ser enviado para a Comissão Atlética de Nevada para tentar transformar o resultado oficial em “No Contest” (luta sem resultado). Ele explica que desde o último domingo, dia 14, prepara uma carta composta por vídeo e fotos para comprovar que os golpes foram na ilegais.
“Vamos encaminhar para a Comissão Atlética de Nevada e esperar que eles analisem tudo com calma. As imagens estão disponíveis para que tenhamos uma conclusão correta sobre o fato. Logo após a luta conversei com o presidente desta Comissão e disse a ele que estávamos convictos de que as cotoveladas foram ilegais. Ele me disse que do angulo que ele viu não dava para afirmar que sim ou que não. No entanto, falou que, se eu escrevesse uma carta simples, ele sentaria para analisar o caso”.
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