Nascido em Santos, no litoral paulista, Marcus Almeida, mais conhecido como Buchecha, é o mais novo fenômeno da arte suave. Aos 22 anos, o faixa-preta da Checkmat vive um momento sublime em sua carreira e, no segundo Mundial na faixa preta, faturou peso e o absoluto, eliminando Rodolfo Vieira e vencendo Leo Nogueira na grande final do absoluto. No último final, nova vitória sobre Rodolfo lhe valeu o título absoluto do Mundial Profissional de Abu Dhabi.
Aos três anos de idade, Marcus saiu de Santos com sua família e foi morar em São Vicente, que fica perto de sua cidade natal. Como boa parte dos jovens brasileiros, o rapaz alimentava o sonho de se tornar um jogador de futebol, mas a realidade é que suas habilidades com a pelota não eram suficientes para que ganhasse a vida nos gramados. Mesmo assim, o garoto insistiu no esporte mais popular do Brasil.
“Cheguei a jogar futebol no time do Tumiaru, mas foi por pouco tempo. Depois tentei a carreira no surfe, só que essa aí foi mais curta ainda. Ainda bem que surgiu o Jiu-Jitsu em minha vida”, brincou, em entrevista à revista TATAME.
Após não obter êxito no futebol, Buchecha se apaixonou pelo surfe, para desespero do seu pai, Clayton, que não aguentava mais ver o seu filho passar o dia inteiro na praia. A arte suave entrou na vida de Marcus na adolescência, por influência direta de sua irmã, Ana Kelly, e muita “pressão” do seu pai.
A irmã de Buchecha foi a pioneira da arte suave na família Almeida. Como seu pai não tinha a menor ideia do que se tratava o Jiu-Jitsu, resolveu acompanhar de perto os passos de sua filha para saber onde ela estava se metendo. A desconfiança de Clayton se transformou em amor pela arte suave, já que com a marcação cerrada em cima de Ana, ele passou a admirar e entender o esporte.
“Quando comecei a vigiar minha filha, eu tirava sarro e falava que o Jiu-Jitsu era briga de caranguejo, mas depois gostei do negócio e arrastei o Marcus comigo. Posso dizer que eu segurei o meu filho no Jiu-Jitsu”, revelou.
A partir daí, Clayton passou a treinar todos os dias com sua filha, enquanto Marcus não queria saber de vestir o quimono, mas sim a roupa de borracha para surfar. Aos poucos, o jovem acabou cedendo à pressão e começou a treinar junto com a família. O curioso é que a sua irmã, a grande responsável por transformar os homens da casa em lutadores, acabou largando a arte suave.
“O plano do meu pai de vigiar a minha irmã deu errado e ele acabou se viciando no Jiu-Jitsu. Até hoje o velho não conseguiu largar o vício. Depois ele me levou para treinar também e eu acabei gostando, só que eu tinha 12 anos e uma criança dessa idade não quer saber de nada sério. Então ele me comprava com Coca-Cola e bolo de chocolate para eu ir treinar (risos)”.
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